sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Palavras pequenas, palavras...



Não encontrei até hoje outra maneira boa de me expressar. Já tentei muitas vezes falando, mas sempre começo a gaguejar e atropelar as palavras, como se fosse uma completa louca, dizendo coisas sem sentindo, nada com nada. Então tive que ler e aprender que para eu ter que me expressar, seria por meio das palavras escritas e não ditas.

Escrever. Ah, escrever é tão bom. Ainda mais quando é de coisas sem sentido ou quando é algo que você gosta e tenta explicar coisas que todos querem saber. Gosto até de escrever coisas profundas, que vem do fundo do coração mesmo, aqueles pensamentos mais sombrios onde nada e nem ninguém jamais esteve por lá a não ser eu, claro.

Já teve dias que minha mente andava tão louca, tão atordoada que eu tinha que colocar para fora tudo àquilo. E sabe o que eu fiz? Peguei um caderno onde faço minhas anotações e escrevi um texto. Em meio as lágrimas que não consegui conter, escrevi coisas que estavam sufocadas dentro de mim por muito tempo. Citei tudo e disse ainda por cima de tudo o que não gostava e até disse do que gostava. Então nessa hora, entre lágrimas vem o sorriso. O sorriso sincero porque te fez lembrar algo que te faz feliz e bem.

Entre muitos textos são ditas coisas que você que está lendo muitas vezes não consegue enxergar ou perceber – só se estiver passando por uma situação parecida -. Vem das pessoas em não se sentir bem uma hora e já estar pulando de alegria em outra. Na minha opinião, todas as pessoas tem duas faces. Àquela que nem sempre estamos bem e aquela que estamos bem por tudo, até por ver uma formiga andando na rua e ainda sorri por observar essa cena.

Minhas palavras, as suas palavras e a de qualquer um que existe por ai. Todas elas têm sim sua importância e só quem escreve sabe com exatidão o que sempre queremos nos referir quando enrolamos no assunto. Palavras pequenas, palavras... Escritas ou ditas são formas de se expressar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mágoas do passado


O ser humano tem a capacidade de, às vezes, nunca esquecer o que lhe fazem. Eles costumam esquecer as boas memórias e lembram somente das piores, dizem marcadas no coração e não esquecem mais de jeito nenhum. Sempre estão lá, relembrando, cada segundo do que tanto lhe fez mal. Mas por quê? Qual seria o motivo de tudo isso se elas mesmas sabem que isso machuca, chateia, magoa e traz memórias do passado que você já quis esquecer?

Não entendo porque ficamos sempre lembrando das pessoas, e automaticamente, o que ela já nos fez. Esquecer não é fácil para alguns, mas eu acredito que todas as decepções tem os seus momentos: a melancolia, a tristeza, a decepção que aquilo pode te deixar, mas depois, afinal, é hora de esquecer as magoas. Limpar o coração, e simplesmente, aceitar o que já passou.

Ficar guardando rancor das pessoas complica o nosso futuro, porque não queremos dar alguns passos apenas por medo, apenas por achar que todos farão o mesmo que alguém um dia já te fez. E errar é humano. Sempre foi. As pessoas não são perfeitas, elas erram uma, duas, três vezes, e não há problemas nisso.

Mas talvez seja hora de superar e deixar quaisquer magoas que ainda tenham restado para trás. Pra poder, enfim, sorrir. Perdoar é sempre necessário, e ficar guardando sentimentos ruins de experiências que já se foram nunca é bom para ninguém. Atrasa o nosso futuro, porque ficamos sempre implicando com as pessoas. Pense: já passou. Já foi. Agora é hora de esquecer as coisas ruins e só se focar nas boas. O motivo? Toda experiência não é só de momentos ruins. Tem os bons também.


Sinceridade é um problema?


Na teoria, todo mundo gosta de pessoas sinceras. Daquelas que falam tudo “na lata”, que não guardam segredos, que não mentem para ninguém e são sempre 100% sinceridade. Por exemplo: falar na sua cara o que elas pensam de você, sem medo da sua reação ou o que a opinião delas pode causar. Não tem medo de se expressar de nenhum jeito ou dizer aos quatro ventos o que pensam de cada um. E quando você as questiona sobre algo, elas são totalmente sinceras. Mas e aí? Como conviver com isso? As pessoas sempre sofrem quando ouvem uma verdade, ainda mais quando esta é totalmente sincera. Como achar um equilíbrio no meio de tudo isso?

Sim, porque verdade dói. Ah, como dói. As pessoas gostam de dizer que tem que ser sinceras o tempo todo – e eu também acredito que sinceridade é extremamente importante – mas tem que haver cuidado ao dizê-la. Porque pode machucar algumas pessoas que não sabem lidar com ela. E uma coisa é ser sincero, outra, é sair falando sempre o que pensa sem medo das conseqüências. Você tem que ter em mente que, se você fala das pessoas, elas também tem todo o direito de opinar sobre você também.

Por isso eu acho que sinceridade tem limite. Que devemos ser sinceros nas nossas amizades, nos nossos relacionamentos e com as pessoas que gostamos sempre. Mas sem machucá-las. Temos que ter a noção de que podemos expor a nossa opinião, mas com limites. Afinal, você gostaria de ouvir uma verdade nada bem vinda de alguma pessoa próxima, e depois, ficar ofendido com isso?

Temos que ter cuidado com as nossas palavras. Sempre. Mas sinceridade, no fim, é o melhor caminho. É o único jeito de se prevenir de problemas, e é claro que às vezes nossos amigos nos dão um puxão de orelha, nos ajudando a sermos mais sensatos. Por isso, é bom pensar que sinceridade é necessário, sim. Mas que seja dita com cuidado e com (muita!) noção.



E o tal do orgulho?


Tem gente que é muito orgulhosa, outros que são mais ou menos… e tem aqueles que não tem nem um pingo sequer de orgulho na personalidade (o último exemplo é quase impossível de ser encontrado, mas vai saber) o caso é que todo mundo é um pouco orgulhoso. Algumas pessoas são bastante, e odeiam voltar atrás. Mais ainda: odeiam que alguém discorde delas, e até mesmo quando sabe que estão errados em uma situação, elas não pedem desculpas. Por que justo ele, o motivo que tanto os atrapalha, o orgulho, não deixa. E qual é o resultado disso? Brigas desnecessárias com amigos e pessoas importantes.

Eu confesso que sou bastante teimosa, e na maioria das vezes, me acho a certa da situação. Não sei se isso é resultado da minha personalidade difícil, mas eu sei “torcer o braço” quando é necessário e confessar que eu estou errada. Peço desculpas também para não perder amizades e pessoas que eu prezo tanto. Acho que é preciso que todo mundo aprenda que, vez ou outra, não podemos sempre nos achar os certos de tudo, que a nossa opinião é 100% certa e só ver o nosso lado. Aliás, o que muita gente deveria ver é também o lado da outra pessoa. Claro que não podemos descobrir o que ninguém pensa, mas pelo menos tentar enxergar as opiniões e pensamentos do outro.

Mas eu digo que, na maioria das vezes, sou meio orgulhosa. Tenho convicção das minhas opiniões e gosto de expressá-las. Quando batem de frente comigo, dizendo o que pensam ou criticando algumas coisas da minha personalidade, eu digo o que eu penso também. Acho que, quando falamos do outro, automaticamente temos que estar abertos a ouvir a opinião da outra pessoa também. Afinal, que mundo seria esse se só um pudesse criticar, e o outro tivesse que ouvir tudo calado?

Existem também outros casos em que as pessoas são extremamente orgulhosas. Pedir desculpa está fora de questão, admitir seu erro ou voltar atrás, então? Nem pensar! O fato é que não podemos sempre pensar que o outro está errado, e nós mesmos, certos. Nem tudo existe um rótulo de certo ou errado. É preciso sim, aprender admitir seus erros. Todo ser humano erra uma, duas, três ou quatro vezes e isso é normal. Aprender a lidar com o seus erros e crescer com eles também.

Mas, no fundo, acho que todo mundo precisa de um pouco de orgulho, de egocentrismo e aprender a pensar também em si. O motivo? Todas essas três coisas, juntas – se não forem exageradas, claro, por que tudo nessa vida tem limite -, só fazem a gente se valorizar ainda mais. Mas é preciso saber que pedir desculpas e assumir seu erro é necessário. Sempre!