domingo, 24 de junho de 2012

Talvez amanhã


Talvez amanhã, quem sabe? Em um outro dia. Em uma outra vida, por uma outra estrada deserta. Em outras paixões, em outros temores, em outras possibilidades. Talvez sejam nessas que a gente vá se encontrar. Em um outro lugar, com outras pessoas e outras bebidas. Ou talvez não. Ou talvez amor seja só aquela coisa passageira que nos marca com tanta força que demora para ir embora. Eu sei, você sabe. Quem não sabe? Deixa registrado no coração o que te machucou ou o que não deu certo. Cravado na pele todas aquelas palavras que você tanto jurou que um dia, iria esquecer.

Mas não vai ser hoje que vai acontecer. Ou talvez, mais tarde. Mas não hoje. Não é hoje que aquelas coisas que você tanto esperou iriam acontecer. Como o tempo é duro, não é mesmo? Por um tempo, você acha que ele é lento e tortuoso. Demora a passar, te faz sentir todos aqueles sentimentos em momentos dolorosos que você já cansou de fingir que não existiram. Em outras, o tempo passa tão rápido que dói. Dói ver que você não cumpriu todas as promessas, dói ver que todos os seus planos se vão junto com o vento. Porque o tempo, aquele que parecia tão devagar, veio tão rápido e levou todas as suas esperanças com ele.

E então se passam algumas semanas e dias. Mais dias que você jurou que iria enfrentar. Porque tudo é tão longo? Porque as coisas mais dolorosas demoram tanto a passar, e as mais felizes, ficam sempre esquecidas no passado? Elas só te fazem sorrir um tempo depois se lembrando de como foram boas.

Mas toda vez que eu me lembro de tudo, me lembro das chances perdidas; me lembro de como eu não quero mais esperar pelo amanhã. Quero fazer pelo hoje. Mas hoje, hoje eu acho que não vai acontecer. Tenho que respirar fundo. Simplesmente seguir, seguir sempre em frente. Sem esperar demais das pessoas.

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