Desapegue. Esse é o grande segredo para evitar decepções. Temos que aprender que um dia as pessoas podem ir: sem aviso prévio, sem nos ensinar como é ficar sem elas. E não há alternativas se não seguir em frente e aprender a conviver consigo mesmo. Vai ser difícil? Sim. Sempre é.
Mas não dá para depender dos outros, esperar que toda a nossa felicidade seja depositada em outra pessoa. Se sentir tão dependente que você mal sabe dar os próprios passos sozinho. Então tente. Tente se sentir completo sem precisar preencher espaços sempre.
Passamos tempo demais buscando pelos outros. A verdade é que a solidão, para alguns, é só uma companhia indesejável e muitos preferem estar acompanhados de risadas e sorrisos alegres. O difícil é achá-los quando se encontra com a cabeça confusa. Quando nem ao menos sabemos o que queremos.
E aí, e se nos aproximarmos de alguém? E se isso acontecer com tamanha intensidade que agora vamos querer ficar perto e nunca mais sair para longe? O ser humano tem essa mania de quando encontra alguém, temos o sentimento de posse. Achamos que a pessoa é nossa, que ela não pode se relacionar do mesmo jeito com mais ninguém, e esquecemos que não podemos mandar no coração e no pensamento dos outros.
Se o sujeito quiser ir, ele vai. Se quiser ficar, ele fica. Se preferir insistir ou ignorar a nossa presença, assim será. Não podemos decidir pelos outros. E muitas vezes inventamos desculpas para nós mesmos apenas para insistir em algo que sabemos que não vai dar certo. E por fim, temos que entender que não mandamos no que os outros sentem. Eles são livres para pensar e dizer o que quiserem.
Assim como também são para ir. As pessoas nem sempre ficam, é verdade. E podemos dizer que é injusto alguém nos fazer se aproximar tanto dela para depois ir – assim, sem mais nem menos – mas nem para tudo existe razão ou explicação. E se existe, nem sempre é nos dada.
Eu mesma tenho essa mania de achar que quando conheço alguém e realmente nos damos bem, pronto, tem o mesmo significado para a outra pessoa. Mas cada um dentro de si sabe que as chances de compartilhamos os mesmos pensamentos sempre são improváveis: que vamos encontrar outras pessoas pela vida que vão fazer a diferença, mesmo que por pouco tempo. Que vão nos marcar e ir, mas irão deixar aquelas memórias e lembranças que não podem ser apagadas.
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