O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man) estreou no dia 6 de Julho no Brasil e fez jus a história em quadrinhos de um dos super heróis mais famosos do cinema. Ao contrário de muitos, eu não torci o nariz quando foi anunciado um novo filme sobre a história do personagem, dirigido por Marc Webb (500 Dias com Ela) e com Andrew Garfield como protagonista, interpretando Peter Parker, e Emma Stone ao seu lado como Gwen Stacy. O motivo? Os dois são muito bons atores e tem no currículo filmes que agradaram a crítica e ao público. Andrew, por exemplo, já havia anunciado na Comic Con do ano passado que se inspirava no Homem-Aranha, e já tendo assistido a trilogia de filmes, anteriormente dirigido por Sam Raimi, na minha opinião o ator honrou o personagem.
O novo Peter Parker não é frágil e nem a vítima da situação. Pelo contrário, ele é corajoso e não tem medo de enfrentar Flash (Chris Zylka) o valentão da escola. Porém, a ideia original do personagem continua: ele é apaixonado por ciências, inteligente, e vive com os seus tios, Ben (Martin Sheen) e May (Sally Field). Peter anda de skate, e tem sua câmera sempre em mãos. Sei que algumas pessoas que viram o longa não gostaram do personagem ter características alteradas, mas acho mais simples se identificar com alguém real, do que aquele personagem que sofre na mão dos garotos da escola e vive sendo excluído. É uma premissa que já apareceu demais em Hollywood, mas o personagem nas HQs é descrito desse modo.
Emma Stone se destaca como Gwen Stacy e consegue roubar a cena em momentos que está contracenando com o Andrew Garfield. Os dois tem muita química juntos (tanto que até a levaram para fora das telas!) e os personagens protagonizam grandes cenas. Impossível não gostar do momento em que Peter a convida para sair – com direito até a trilha sonora do Coldplay – e o primeiro beijo do casal também ganha destaque. Gwen é estagiária da Oscorp, um dos maiores centros de pesquisa do mundo, em que trabalha ao lado do Dr. Curt Connors (Rhys Ifans). O mesmo era amigo de Richard Parker, e os dois trabalhavam em um projeto juntos, até o pai de Peter sumir de modo misterioso, levando o que tinham descoberto com ele.
O Dr. Curt é o vilão do filme, se transformando em lagarto após o próprio Peter o dar a fórmula para concluir a pesquisa. Ele se torna então, o primeiro inimigo do personagem, que depois de ser picado por uma aranha na Oscorp, ganha poderes e habilidades. De início, Peter só esperava encontrar o assassino de Tio Ben, que morre por que ele escolhe não parar um assalto a uma loja por raiva, e logo depois o bandido mata o seu tio, que procurava por ele nas ruas. Se sentindo culpado, ele tenta parar os assaltos e procurar o homem.
As cenas de ação são muito boas e deixam o telespectador surpreso em muitos momentos. Elas são bem executadas, acontecem em várias cenas do filme e fogem do clichê, se tornando mais criativas do que nos outros filmes anteriores. Também há uma certa expectativa quanto ao Lagarto, que está no mesmo nível que o Homem-Aranha. Só o que eu senti falta foi a trilha sonora, já que Marc Webb é conhecido por gostar de bandas antigas e indie, por isso eu esperava mais presença musical durante o filme.
Foi confirmado há alguns dias que os filmes seriam uma trilogia, ou seja, mais dois estariam por vir. Com certeza haverá sequencia (e eu espero por isso!) já que o filme deixou algumas lacunas em aberto, como a resolução do assassinato do Tio Ben, o fato de ficar somente no ar que a Tia May sabia que Peter é o Homem-Aranha, e algumas coisas do relacionamento dele com Gwen. Detalhe: não saia do cinema após os primeiros créditos, pois tem mais uma cena!
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